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Sindienergia-CE chama atenção para furto de cabos de energia, que tem causado prejuízos às pequenas empresas e, principalmente, às famílias
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Desde o início do ano, cerca de 43 quilômetros de cabos já foram furtados da rede elétrica no Ceará, segundo dados apurados pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE). Em 2023, no total, 237 quilômetros de condutores foram subtraídos da rede por criminosos. A quantidade do material saqueado é equivalente à distância entre Fortaleza e Mossoró, no Rio Grande do Norte, e dá uma dimensão do tamanho do prejuízo causado.

O crime afeta diretamente às pequenas empresas, que não dispõem de alternativas ao desabastecimento, e, sobretudo, às famílias, que são privadas do acesso à energia até que o serviço seja restabelecido, sendo expostas, inclusive, ao desconforto térmico e perda de materiais perecíveis, diante da impossibilidade de uso de ventiladores e refrigeradores, por exemplo. Ao todo, cerca de 30 mil residências e 121 mil consumidores foram afetados apenas nos primeiros dias de janeiro com esse tipo de crime, gerando um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões a essas pessoas.

“Esse tipo de situação, para além dos prejuízos econômicos aos pequenos estabelecimentos, que param diante da falta de energia, gera um enorme impacto social negativo, com a perda de mercadorias refrigeradas, seja no comércio ou em ambiente doméstico, com a ‘feira da semana’ que se perde por falta de energia na geladeira. Além disso, as equipes deslocadas para fazer os reparos ficam impedidas de atender novas demandas”, ressalta o presidente do Sindienergia Ceará, Luis Carlos Queiroz.

O executivo alerta ainda que são justamente os pequenos consumidores os menos protegidos do sistema de distribuição, e que a reestruturação, mediante a instalação de novos cabos, leva tempo. “Essa prática precisa ser combatida com muita seriedade. Estão furtando o patrimônio da concessão. E a população é afetada duas vezes, pois além de ficar sem energia, também terá que arcar com o prejuízo da manutenção, cobrado na tarifa. Tudo vai para a alíquota. A sociedade precisa ser amparada pelo Estado nesse momento tão crítico”, considera.

A situação foi exposta pelo presidente do Sindienergia durante a reunião da Câmara Setorial de Energias Renováveis da ADECE, na manhã desta sexta-feira (26). Na ocasião, o Secretário Executivo da Indústria na SDE, Joaquim Rolim, solicitou um ofício ao sindicato expondo a realidade, os dados e formalizando o pedido de apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Governo do Estado no combate à prática criminosa e prometeu dedicar atenção ao fato recorrente.

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