O Natal vai garantir ao comércio varejista de Fortaleza um faturamento de R$ 416 milhões. É o que aponta a pesquisa sobre o Potencial de Consumo do Fortalezense para a data, realizada pela Fecomércio Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC). De acordo com o levantamento, 50,7% dos consumidores estão dispostos a ir às compras nessa data.

O valor que o Natal movimentará na economia local garante a data comemorativa o posto de 1º lugar como a mais importante para o comércio, alcançando segmentos relevantes para a atividade varejista, tais como artigos de vestuário, brinquedos, calçados e perfumaria.

Tabela 1: Fortaleza – Potencial de consumo nas datas comemorativas

Em R$ milhões nominais

Fonte: IPDC/FECOMERCIO-CE

Comparada com a mesma pesquisa realizada em 2021, houve um crescimento de 17,8% no potencial de consumo, resultado tanto do aumento do percentual dos consumidores com intenção de comprar, 46,9%, em 2021, e 50,7% neste ano, como na intenção do gasto, R$ 427 por consumidor, em 2021, e R$ 466, neste ano.

O resultado confirma a melhora de confiança e o crescimento da intenção de consumo, já relatadas em outras pesquisas da Fecomércio Ceará, indicando um aquecimento da atividade importante para a retomada econômica e a geração de empregos.

Mais de metade dos consumidores irá às compras

O perfil dos entrevistados que respondeu afirmativamente sobre a intenção de compras, 50,7%, mostra preponderância dos consumidores do sexo masculino (51,2%), do grupo etário com idade entre 21 e 35 anos (53,6%) e com renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (69,0%).

Em média, o consumidor pretende comprar três presentes, realizando um gasto médio total de R$ 466, sendo maior no grupo dos consumidores do sexo masculino (com gasto médio total de R$ 479), do estrato com idade acima de 36 anos (R$ 507) e com renda média mensal familiar entre cinco e dez salários mínimos (R$ 781).

Na forma de pagamento há o predomínio da intenção de pagamento à vista, com dinheiro, Pix ou cartão de débito, com 59,7% das respostas, seguido do uso do cartão de crédito (39,3%) e do crediário (0,7%). O consumidor estará exigente e pesquisará promoções, preços e a qualidade dos produtos, sendo esses os principais fatores para a decisão de compra.  

Seis segmentos lideram intenção de compra

A pesquisa mostra a preferência do consumidor pelos bens de consumo semiduráveis, com domínio de seis segmentos:

§  Artigos de vestuário e acessórios, com 67,3% de intenção de consumo;

§  Brinquedos, com 43,6%;

§  Calçados, cintos e bolsas, com 25,1%;

§  Cosméticos e itens de perfumaria, 22,9%

§  Chocolates, doces e bombons, 7,1%; e

§  Joias e relógios, com 6,2%.

Cerca de metade dos consumidores pretende ir às compras nos finais de semana, 38,3% citaram o sábado e 11,5% citaram o domingo como melhores datas para as compras. A oferta de entretenimento e a decoração temática dos shopping centers, bem como os eventos programados para o Centro da cidade são fatores que estimulam o consumidor e podem ajudar a uma distribuição mais equitativa da demanda entre os dias da semana.

Os shopping centers são os locais mais mencionados para procura dos presentes, citados por 44,6% dos entrevistados, seguido das lojas de rua (27,9%), centros comerciais (27,0%), comércio informal (13,3%) e supermercados e hipermercados (12,7%).

Nesta edição da pesquisa, o IPDC incluiu a intenção de compra em sites e plataformas digitais, citados por 9,1% dos consumidores. Os produtos mais procurados nesse canal são roupas e artigos de vestuário (51,7%), calçados (44,1%), livros (39,8%) e eletrodomésticos (35,1%).

Além das compras

O Natal é um período de confraternização com parentes e amigos. Neste ano, 77,3% dos entrevistados revelaram a intenção de comemorar a data, com relevância semelhante em todos os grupos entrevistados.

Quanto aos locais de comemoração, 57,1% dos entrevistados indicam as próprias casas e 35,5% a casa de parentes ou amigos. A terceira resposta mais citada for a viagem (5,9%), sendo essa resposta mais relevante para os consumidores do grupo masculino (8,4%), com idade entre 21 e 35 anos (8,4%) e renda familiar mensal acima de dez salários mínimos (47,6%).