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Henrique Javi e o apoio ao empreendedor cultural: ‘Temos não apenas de fomentar, mas dar a mão’
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Crédito da foto: Jr. Panela

Com o encerramento da Mostra Sesc Cariri de Culturas 2023, realizada de 24 a 27 de
agosto em mais de três dezenas de cidades cearenses, ficam não somente as memórias
positivas de mais uma edição de um dos maiores encontros do gênero no País, mas
também cria-se ambiente propício para novas reflexões. Uma delas diz respeito à
relevância do fomento constante às tradições, o que pode gerar, para além de um
sentimento renovado de pertença para as populações, até mesmo uma possibilidade de
obter renda. É o que defende Henrique Javi, superintendente de Ações Integradas do
Sistema Fecomércio e diretor regional do Sesc Ceará.

Em participação no videocast da Mostra, gravado na última sexta-feira, 25, e disponível
no canal do Sesc Ceará no Youtube (https://www.youtube.com/@SescCearaOficial), o
gestor ressaltou que um dos papeis do Serviço Social do Comércio (Sesc), no que se
refere à cultura, consiste em dar vazão às diversas expressões culturais, como uma
chance aos artistas de obter um sustento. “Se não consigo fazer uma fonte de renda para
minha família, eu deixo morrer aquela manifestação, eu me afasto dela. E uma das
intenções mais importantes que temos é a de não apenas fomentar, mas a de dar a mão.
Seja através da educação profissional, seja valorizando aquela manifestação artística e
cultural”, argumentou Javi.

Foi através do Sesc que a Mostra deste ano deu oportunidade a quase 200 grupos e
desenvolveu mais de 300 ações nas linguagens de Artes Cênicas, Artes Visuais,
Audiovisual, Biblioteca, Expressões da Tradição, Literatura, Música e Oficina de
Formação Artística, reunindo mais de 1,8 mil artistas, entre músicos, escritores, mestres e
brincantes da tradição.

Museus orgânicos

Para completar seu raciocínio sobre fomento à cultura, Javi indica uma das iniciativas do
Sesc com característica definitiva. “Talvez a expressão mais bonita de todas tenha sido a
dos Museus Orgânicos, que representam um mix de tudo isso. É você pegar um mestre
da cultura popular que já tem esse título, mas não tem ainda o reconhecimento, pois
muitos têm dificuldades para poder se expressar, e agora, através desse movimento, não
só conseguem transformar seu espaço numa fonte de renda, mas também ter o orgulho
de apresentar, no Século XXI, tradições que passavam despercebidas”, completa.

Nesses espaços, que já chegam a 14 no Estado – 13 no Cariri e um no Sertão Central -,
são expostos trabalhos, vestimentas, objetos pessoais, fotografias, instrumentos e tudo
que marca o dia a dia desses mestres e consolidam as manifestações tradicionais.

Senac na Mostra
E já que a intenção é oferecer uma continuidade às chances de carreira – não apenas na
Cultura -, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) também tem
encontrado, a cada ano, um espaço maior no evento. Durante dois dias da Mostra, a
entidade participou com oficinas, palestras, rodas de conversas, desfiles, aulas de
gastronomia, turismo ecológico, apresentação de atrações artísticas e culturais
representativas da região e ações educacionais, dentre outras, que atingiram seu objetivo
de uma maneira “complementar” às ações de seu co-irmão, Sesc.

“Essa junção entre o bem-estar, a qualidade de vida e a educação é essencial para que a
gente possa dar uma perenidade a esse legado, para que ele realmente dure, se
multiplique e seja compartilhado”, opinou Débora Sombra, diretora regional do Senac,
convidada da mesma edição do mesmo videocast.

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