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Violência contra a mulher no contexto da pandemia é debatida pela Aprece
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A Quinta com Debate realizada essa semana pela Aprece trouxe para discussão a a violência contra as mulheres durante a pandemia da Covid-19. O debate, realizado, no último dia 30 em novo horário – às 15h, tratou também das ações de enfrentamento ao problema e de garantia dos direitos fundamentais da população feminina.

A live contou com as participações da Deputada Estadual e procuradora adjunta na Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE), Patrícia Aguiar; da Secretária Executiva de Política para as Mulheres da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Denise Moreira de Aguiar; da Promotora de Justiça (MPCE) e Secretária Executiva das Promotorias dos Juizados da Violência Doméstica contra a Mulher, Roberta Coelho Maia Alves; da Presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Estado do Ceará (OAB/CE), Cristiane Leitão; e da assessora do Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Thais Mendes.

Representando o legislativo cearense, a deputada Patrícia Aguiar parabenizou a Aprece pela realização da Quinta com Debate, sempre debatendo questões importantes para as gestões municipais. Ela enfatizou que o problema da violência contra a mulher foi agravado sim pelo isolamento imposto pela pandemia e pelo estresse gerado pelo medo e pela vulnerabilidade econômica, mas que ele vem de longas datas. A parlamentar frisou que a faceta mais cruel dessa realidade é o perfil do agressor, que em sua maioria é alguém da família, e que a violência contra a mulher acontece em todas as classes sociais e em todas as esferas da sociedade. Por isso, destacou, é tão fundamental debater profundamente esse tema, criar leis específicas e efetivas, garantir direitos, e investir na educação como caminho para descontruir essa realidade.

A promotora Roberta Coelho fez uma contextualização sobre os efeitos do isolamento social e as estatísticas de violência contra a mulher. Ela discorreu sobre os fatores que geram e intensificam esse tipo de agressão, entre os quais o machismo estrutural, perpetuado ao longo do tempo, em todas as esferas sociais. Ressaltou também que assim como esse problema surgiu e se consolidou lentamente, o combate a ele deve ser contínuo e permanente, envolvendo o máximo de atores possíveis.

A representante da SPS, Denise Moreira, abordou a questão da violência contra a mulher considerando os aspectos históricos e antropológicos. Ela também parabenizou a Aprece pela iniciativa de discutir a questão e elogiou a abordagem simbólica na arte de divulgação da Quinta com Debate à Campanha Sinal Vermelho de combate à violência doméstica, representada pela mão com a marca de um X como sinal de alerta e pedido de ajuda.

A violência sofrida na luta pela inclusão da mulher no mercado de trabalhado, nas atividades políticas e em tantas outras áreas de dominação histórica e cultural dos homens também foi debatida durante a live da Aprece. A assessora da CNM, Thais Mendes, falou sobre o trabalho realizado pelo Movimento Mulheres Municipalistas, ressaltando a importância da atuação protagonista para garantir a plena participação feminina na vida política. Já a representante da OAB/CE, Cristiane Leitão falou da importância de ampliar a interlocução e o  diálogo, buscando orientar e capacitar as advogadas bem como a população como um todo, em relação às inúmeras questões relativas à participação e inclusão social e ao combate à violência contra a mulher.

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