Últimas Notícias


Vereador Gardel Rolim propõe proibição de propagandas de casas de apostas em espaços públicos de Fortaleza
Home Últimas Notícias Vereador Gardel Rolim propõe proibição de propagandas de casas de apostas em espaços públicos de Fortaleza
https://youtube.com/shorts/EhwOrykTXgk

O vereador de Fortaleza, Gardel Rolim (PDT), afirmou nesta quarta-feira, 9, em entrevista ao Programa do Rubão, que as casas de apostas — as chamadas bets — representam hoje um dos principais problemas sociais emergentes no país, especialmente entre a população mais vulnerável. Segundo ele, a liberação do setor em 2018 gerou prejuízos profundos para famílias de baixa renda, que têm desenvolvido dependência e acumulado perdas financeiras significativas.

Durante a entrevista, Gardel destacou que os prejuízos contabilizados chegam a cerca de R$ 40 bilhões, afetando majoritariamente quem tem menos condições financeiras. Ele também citou que o Ministério da Fazenda e o Ministério da Saúde lançaram um pacote de medidas nacionais para mitigar os danos, incluindo a oferta de teleconsultas pelo SUS para pessoas com compulsão em jogos, que receberão acompanhamento psicológico e terapêutico.

No âmbito municipal, Gardel Rolim apresentou um projeto de lei que proíbe a veiculação de propagandas de casas de apostas em espaços públicos de Fortaleza, como estádios, praças e ônibus do transporte coletivo. A proposta, segundo o vereador, busca reduzir a exposição constante da população a anúncios que podem estimular a prática de apostas e agravar casos de dependência.

O parlamentar reconhece que a medida não resolve o problema por completo, já que o município não pode proibir o funcionamento das bets, mas defende que a restrição à publicidade é um passo importante para minimizar impactos sociais: “Nossa intenção é mitigar o problema. Se não podemos impedir que funcionem, podemos impedir que se promovam em espaços públicos”, afirmou.

Gardel ainda rebateu o argumento de que o setor gera contrapartidas econômicas relevantes, afirmando não ver qualquer benefício direto ao cidadão comum. Para ele, o ciclo é prejudicial: o Estado arrecada impostos do setor, mas precisa gastar os mesmos recursos para tratar dependentes afetados pelos problemas que ele próprio autorizou.

Compartilhe:
Veja Mais