
O mundo foi surpreendido por um novo tipo de vírus (Sars-Cov-2), com uma letalidade que as autoridades de saúde não estavam preparadas. E na corrida por encontrar um tratamento eficaz, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, por meio do Instituto de Biomedicina do Semiárido Brasileiro (INCT-IBISAB) da Faculdade de Medicina integram a Rede Vírus de pesquisa clínica com antivirais contra à Covid-19.
O estudo avalia a eficácia do fumarato de tenofovir desoproxila no tratamento do novo coronavírus e conta com a participação dos médicos do Hospital São José de Doenças Infecciosas e Transmissíveis, ligado à Secretaria da Saúde do Estado. A Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto-SP realizou os testes in vitro com o tenofovir e a emtricitabina em SARS-CoV-2 cultivado e agora avança para os ensaios clínicos com a testagem em humanos.
O trabalho é coordenado pelo pesquisador Aldo Ângelo Moreira Lima, tendo como colaboradores os professores Roberto da Justa, Érico Arruda e Melissa Medeiros. O ensaio clínico colaborativo deve iniciar nas próximas semanas, e fará uma avaliação da eficácia do tenofovir no tratamento de pacientes, além de uma associação com outro antiviral, a emtricitabina.
Tenofovir e emtricitabina integram o grupo de medicamentos “coquetel” antirretroviral utilizado contra infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os testes em laboratório efetuados pela equipe de pesquisadores das Faculdades de Medicina e de Ciências Farmacêuticas da USP demonstraram a eficácia dos fármacos em inibir a multiplicação das partículas virais em condições experimentais in vitro, sem apresentar toxicidade para as células.
Com informações da Universidade Federal do Ceará