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Superintendente do Sebrae Ceará, Joaquim Cartaxo, participa da Assembleia Itinerante e discute efetivação da Rota Verde do Café
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A programação do terceiro dia da Assembleia Itinerante contou com a realização de audiência pública para debater possibilidades de ações para impulsionar a cadeia produtiva da Rota Verde do Café do Maciço de Baturité. No debate, que aconteceu na Câmara Municipal de Baturité sob a coordenação da Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), ficou definido que será elaborada uma proposta na Alece instituindo o café arábica do Maciço de Baturité como Patrimônio Cultural do Estado do Ceará.

A Rota Verde do Café foi criada em 2015, mas a lei que a regulamenta foi protocolada apenas em 2021. De acordo com Stuart Castro (Avante), propositor do debate e presidente da comissão, a necessidade atual é “tirar a rota do papel”. Para ele, ainda há a necessidade de criar uma estrutura que associe todos os produtores de café da região. “É essa associação entre os municípios produtores – Baturité, Guaramiranga, Palmácia e Pacoti – que vai impulsionar toda a cadeia produtiva que deriva desse atrativo turístico”, observou.

O parlamentar destacou, ainda, a necessidade de infraestrutura, comunicação visual, linguagem internacional, treinamento e capacitação de profissionais, apoio dos governos estadual e federal, por meio das pastas que contemplam turismo, meio ambiente e desenvolvimento econômico. 

Uma das considerações feitas por todos os presentes foi a importância da integração entre os quatro municípios envolvidos na Rota Verde no Café. De acordo com a prefeita de Guaramiranga, Roberlandia Ferreira, o papel de todos os gestores é desenvolver a região. 

“Essa Rota já existe há bastante tempo, mas não da forma como deveria. As coisas se desenvolvem lentamente, e precisamos de mais apoio dos governos às nossas necessidades, seja como cafeicultores, empresários, produtores e todos que participam dessa cadeia de negócios. Se Baturité se desenvolve, Guaramiranga se desenvolve, Palmácia se desenvolve, e é nesse sentido que devemos trabalhar”, disse.

O diretor superintendente do Sebrae – Ceará, Joaquim Cartaxo, lançou alguns direcionamentos que os municípios devem observar caso queiram de fato estruturar essa rota turística. Segundo ele, os municípios que compõem a rota do café precisam decidir se será o turismo que vai subsidiar todas as outras cadeias produtivas da região. 

“A partir disso, os empresários e donos de pequenos negócios podem se articular entre si para fortalecer os negócios da região. Os donos das pousadas podem se unir para realizar compras coletivas dos produtos que necessitam para seus negócios, por exemplo. Ou os restaurantes comprarem produtos dos produtores da região quando possível”, sugeriu.

Para que o turista venha para o Maciço, ainda de acordo com Cartaxo, é importante que os municípios exaltem sua cultura, “a alma dos territórios”. “A gastronomia, a música, a cultura, de um modo geral é o que será de fato consumido pelos visitantes, então esse fator também precisa ser considerado pelas gestões”, apontou.

O debate seguiu com as participações de representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), do Banco do Nordeste (BNB), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Baturité, de associações de produtores locais, além das prefeituras de Baturité e Mulungu.

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