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Ricardo Amorim discute desafios e perspectivas da Indústria em Novos Tempos durante evento promovido pela FIEC
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Ao todo, o encontro virtual contou com 1.126 visualizadores nas plataformas YouTube e Zoom.

 

Para celebrar o mês da Indústria, o Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, promoveu o encontro ‘Cenários – A Indústria em Novos Tempos’, que contou com a presença do renomado economista Ricardo Amorim. O evento online, que aconteceu na última quarta-feira (05/05), teve como objetivo estimular a discussão sobre os principais caminhos e cenários que a Indústria brasileira e cearense devem tomar, frente aos desafios da atualidade. Participaram ainda da ação o 1º Vice-Presidente da FIEC, Carlos Prado; os Ex-Presidentes da FIEC, Fernando Cirino, Roberto Macedo e Beto Sturdart, além do Diretor Administrativo, Chico Esteves e de Edgar Gadelha, Diretor Financeiro, ambos da instituição.

“A atividade de hoje foi desenvolvida para nortear o futuro do setor industrial com o rico conhecimento do Economista Ricardo Amorim, frente os diversos desafios que enfrentamos. Me sinto muito orgulhoso pela economia cearense ter obtido crescimento acima da média regional e nacional, nas duas fases da pandemia, graças aos esforços que a FIEC e os vitoriosos industriais do Sistema têm tido. Juntos, com os subsídios necessários, como o que recebemos hoje, vamos alcançar voos ainda maiores”, declarou o Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante.

Ricardo Amorim iniciou o encontro afirmando que a pandemia veio para acelerar o processo de Transformação Digital das Indústrias, enfatizando que o momento deve ser observado como período de união de esforços e, também, espaço de grandes oportunidades. “O país nunca havia vivenciado uma contração econômica tão forte e rápida, em 120 anos. Como boa nova, entre fevereiro e maio deste ano, tivemos a mais forte expansão que a economia brasileira já viveu em sua história”, declarou, lembrando que ações como os dos auxílios econômicos, promoveram um aumento de renda total disponível e de consumo, principalmente entre os consumidores de baixa renda.

Amorim reforçou que, neste segundo momento da pandemia,  com o retorno do auxílio emergencial reduzido, o cenário de crescimento deverá ser puxado por consumidores de maior renda, com previsão de aumento na variação em + 2,7% na Classe A, – 0,3% na B, – 1,1% na C e – 5,4% nas Classes D e E. Com isso, a expectativa é que a retomada no número de empregos formais seja, principalmente, puxada por profissionais mais capacitados.

Lembrou ainda que o Ceará vem se destacando, graças aos esforços desprendidos por empresários e governos locais, quando rememorou que, durante a pandemia, o estado tem alcançado números de recuperação acima da média do Nordeste e de todo o Brasil. O convidado compartilhou, ainda, dados industriais que vem puxando a produção física setorial em 2021, com acumulados positivos nos setores de Produtos Químicos (52.8%), Têxtil (28,5%), Calçado e Couro (18,2%), Minerais não Metálicos (14,4%) e Bebidas (9,5%).

Amorim reforçou que, caso o Brasil continue fazendo o seu dever de casa no cumprimento de medidas de isolamento social, no aumento do número de vacinados e, com isso, a queda da transmissão da Covid-19, devemos observar melhoras econômicas no segundo semestre. “Mesmo na pior das hipóteses, acredito que vai acontecer uma melhora importante ao longo do segundo semestre, salvo no meio do caminho surja uma nova variante que as vacinas atuais não imunizem”, disse.

Sobre a valorização atual do dólar, vê o cenário como positivo, pois torna o produto brasileiro mais competitivo no mercado externo, ao mesmo tempo que estimula a produção e compra interna do produto nacional, que tem menor preço frente ao importado. Comentou também que a moeda americana deve iniciar um processo de queda no segundo semestre, caso o cenário atual permaneça. Sobre a inflação e taxa de juros prevê novos aumentos.

Visualizou ainda que a economia do mundo crescerá como nunca em sua história em um único ano, em 2021, e que, em  2022, mesmo com uma desaceleração, continuará com um dos maiores crescimentos observados, com dados expressivos voltados principalmente para os mercados emergentes da Ásia e Leste Europeu. Já no Brasil, acredita que o crescimento no terceiro e quarto trimestre deste ano, compensarão as quedas de 2021.

Como fechamento, Ricardo Amorim reforçou a importância do desenvolvimento brutal no processo de inovação e de transformação digital das indústrias para que elas não percam o “bonde da história”. “Todos vocês, não importa o produto que façam, precisam inserir as estratégias da transformação digital em seus negócios. O processo de inovação que estamos passando, que chamamos de Grande Aceleração, está gerando uma riqueza que o mundo nunca viu. Em 15 anos, a renda per capita do mundo cresceu mais do que nos 2 mil anos anteriores”, completou,

Saiba mais sobre o convidado

Ricardo Amorim é um dos mais influentes economistas do país, sendo o único brasileiro incluído entre os melhores palestrantes mundiais pelo Speaker’s Corner. É co-fundador da Smartrips, da AAA Inovação e da Mentoria Ricardo Amorim, além de colunista da Revista  IstoÉ.

É ainda o influenciador latino-americano mais seguido no LinkedIn,  Top Voice Influencer do LinkedIn Brasil desde 2016, ganhador do prêmio iBest de Melhor do Brasil em Economia e Negócios pela votação popular e 2º lugar no prêmio do júri de especialistas do iBest, em 2020.

Amorim também é autor do podcast Economia Fala e do bestseller Depois da Tempestade, tem mais de 20 anos de atuação destacada no mercado financeiro mundial e foi um dos apresentadores do programa Manhattan Connection, por 18 anos.

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