Nesta terça-feira, 16, o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), Artur Bruno, esteve na Câmara Municipal de Fortaleza para dialogar com vereadores sobre o andamento do Plano Diretor da capital. Na ocasião, destacou os desafios ambientais e a importância de organizar o crescimento urbano da cidade.

Bruno lembrou sua trajetória política e ressaltou o papel do Legislativo municipal: “O parlamentar mais importante é o vereador, porque ele está diretamente com o povo”. Em sua fala, chamou atenção para a redução das áreas verdes em Fortaleza, que atualmente correspondem a 16% do território, equivalente a 312 km², com perda de 8 km² nos últimos oito anos. “Precisamos suspender esse processo de perda, manter e ampliar as áreas verdes, mas também crescer a cidade com qualidade, aproveitando a infraestrutura já existente”, explicou.

O presidente do Iplanfor informou que já foram realizadas cinco audiências públicas e que outras três acontecerão até o dia 4 de outubro, sempre aos sábados, na Academia do Professor. O ciclo será concluído com a Conferência Municipal do Plano Diretor, marcada para os dias 24, 25 e 26 de outubro, reunindo cerca de 600 delegados que votarão as propostas. A mensagem final será enviada à Câmara no dia 6 de novembro.

Durante a coletiva, o presidente da Câmara, Léo Couto, ressaltou a relevância do processo: “Hoje é um dia importante, onde o secretário Artur Bruno vai explanar e dar um panorama de todo esse trabalho ao longo deste ano. O plano está sendo remodelado, analisado, discutido, e ele vai apresentar um resumo de como foi até aqui”.

Questionado se a análise do Plano Diretor ficaria para 2026, Léo Couto foi enfático: “A mensagem vai chegar, nós vamos analisar e, se possível, vamos fazer de tudo para já fechar este ano”.

Já o vereador Benigno Júnior, presidente da comissão de revisão do Plano Diretor, destacou a necessidade de revisar textos que foram aprovados em legislaturas passadas: “Muitos vereadores atuais não participaram da votação anterior. Algumas matérias ainda estão na comissão, por isso sugeri ao presidente Léo Couto que possamos reavaliar dentro do próprio Plano, para que todos tenham mais domínio do que será votado”.