O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, em entrevista ao Programa do Rubão nesta segunda-feira (25), em Brasília, que a anulação de três questões do Enem foi uma medida necessária para preservar a isonomia entre os candidatos após o episódio de vazamento identificado pela equipe técnica do Ministério da Educação. Segundo ele, a decisão teve como objetivo evitar qualquer prejuízo aos milhões de estudantes que participaram das provas.
Camilo destacou que o exame conta com cento e oitenta itens e que a anulação foi adotada para garantir igualdade de condições. Ele também confirmou que a Polícia Federal foi acionada para investigar o caso e que uma operação foi realizada no domingo (24) para aprofundar as apurações. O ministro reforçou que o gabarito foi divulgado dentro da normalidade e que o Enem segue mantido.
Durante a entrevista, o ministro ressaltou a importância do Enem como ferramenta de democratização do acesso ao ensino superior. Ele lembrou que, antes do exame nacional, estudantes de estados distantes precisavam viajar para participar de vestibulares, o que aumentava os custos para famílias e limitava oportunidades. Camilo destacou ainda a contribuição da lei de cotas para ampliar a presença de alunos de escola pública, quilombolas e negros nas universidades, aproximando a realidade acadêmica da diversidade brasileira.
O ministro também reforçou que o Enem é porta de entrada para programas como Sisu, Prouni e Fies e que deve ser preservado de disputas políticas. Sobre o balanço da edição 2024, Camilo afirmou que esta foi uma das maiores dos últimos anos, com quase cinco milhões de inscritos e mais de 585 mil profissionais envolvidos na logística. Ele citou ainda o uso de detectores de metais em todas as salas, o que ajudou a garantir a segurança da aplicação.
Segundo o ministro, a edição transcorreu sem intercorrências graves, reforçando o compromisso do MEC com a integridade e a credibilidade do exame.

