O Ministério da Educação (MEC), sob a gestão do ministro Camilo Sobreira de Santana, anunciou mudanças importantes nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) destinadas aos estudantes de Medicina. A partir do segundo semestre de 2025, os contratos para cursos de Medicina passam a ter novas condições de adesão e pagamento, com foco na sustentabilidade do programa e na ampliação do acesso ao financiamento.
Entre as principais mudanças, está o aumento do prazo de carência para início do pagamento da dívida, que passa a ser de 18 meses após a conclusão do curso – antes, a carência era de apenas um ano. Além disso, a amortização do saldo devedor poderá ser feita em até quatro vezes o tempo de duração do curso, o que permite prestações mais suaves para os recém-formados.
Outra alteração relevante é a prioridade para estudantes de baixa renda e egressos de escolas públicas, especialmente aqueles que comprovarem residência em regiões com déficit de profissionais de saúde. Para estes casos, haverá condições especiais de renegociação e até possibilidade de abatimento parcial do saldo devedor, desde que o profissional atue por período determinado na rede pública.
O MEC também incluiu novas exigências para as instituições de ensino: cursos de Medicina com financiamento pelo Fies precisarão comprovar índices de qualidade e aprovação em avaliações externas. Caso contrário, perderão o credenciamento no programa.
As novas regras buscam equilibrar as contas do Fies, ampliar a oportunidade para estudantes de baixa renda e, ao mesmo tempo, garantir que o financiamento resulte na formação de médicos que atendam as regiões mais necessitadas do país.