O deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo Lula na Câmara Federal, reagiu com forte indignação na noite desta terça-feira, 9, após o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ser retirado à força da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. A fala ocorreu na porta do plenário Ulysses Guimarães, logo após o episódio que interrompeu os trabalhos da Casa.
Guimarães classificou a ação como “inaceitável” e afirmou que o procedimento da segurança da Câmara representou violência política e uma afronta ao funcionamento democrático.
“Isso aqui é algo inaceitável. O deputado Glauber está sendo violentado. A Polícia Legislativa agir com violência desse jeito fere profundamente as relações políticas aqui dentro”, disse o líder do governo.
Ele relatou agressões físicas e empurrões contra o parlamentar e contra a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP):
“Deram braçada nela. Arrancharam o pescoço dele. Glauber quase ficou sem fôlego. Isso não pode acontecer aqui dentro.”
Guimarães também criticou a diferença de postura da segurança entre episódios recentes e ações passadas:
“Por que não fizeram a mesma coisa com os bolsonaristas que ocuparam lá atrás? Por que agora essa violência?”
O líder do governo cobrou providências imediatas do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que havia ordenado minutos antes o esvaziamento do plenário e a proibição da entrada da imprensa, medida que agravou as tensões no local.
“Não podemos aceitar esse grau de violência. Reagimos politicamente e não vamos votar mais nada hoje”, afirmou Guimarães.
O episódio interrompeu as votações da noite e deve gerar novos desdobramentos dentro da Casa.

