O governador do Ceará, Elmano de Freitas, ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, Romeu Aldigueri, do secretário da Fazenda, Fabrizio Gomes, e do presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, anunciou nesta quinta-feira, 21, um pacote de medidas emergenciais para apoiar empresas cearenses impactadas pelo aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos.
Durante coletiva de imprensa, Elmano destacou que as ações apresentadas não se excluem entre si e visam garantir a manutenção das atividades comerciais no mercado americano, considerado estratégico para a economia do Ceará.
“As medidas que nós estamos apresentando não são antagônicas entre si. O fato de comprarmos o pescado de uma empresa não impede que também façamos subvenção. O objetivo é preservar o relacionamento comercial com os Estados Unidos, mantendo os negócios e protegendo as empresas cearenses”, afirmou o governador.
Principais medidas anunciadas
O secretário da Fazenda, Fabrizio Gomes, detalhou o pacote, que contempla quatro frentes principais:
- Crédito de exportações – antecipação do pagamento de créditos acumulados pelas empresas junto ao Estado.
- Redução dos encargos do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) – diminuição de taxas cobradas das empresas conforme o impacto de cada caso.
- Subvenção econômica – apoio financeiro direto às empresas para compensar custos adicionais gerados pelas tarifas.
- Compra direta de alimentos – aquisição pelo governo estadual e federal de produtos que não puderem ser exportados, destinados a programas sociais.
Além dessas medidas, foi instituído um Comitê Estratégico de Monitoramento Econômico, que reunirá representantes do governo, federações e empresas exportadoras. O grupo será responsável por avaliar os resultados e propor ajustes que assegurem a manutenção e ampliação dos negócios internacionais.
Impacto estratégico
Segundo Elmano de Freitas, a prioridade é impedir que empresas percam espaço no mercado americano, o que, em suas palavras, seria “muito mais difícil de recuperar depois”.
O decreto com as medidas foi assinado durante a coletiva, com a presença de lideranças políticas e empresariais. O presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, reforçou a importância da iniciativa para dar segurança ao setor produtivo diante das mudanças comerciais internacionais.
