Mais uma edição das videoconferências regionais do Governador Camilo Santana com os prefeitos cearenses foi realizada, na manhã da última sexta-feira (29), para discutir a situação do enfrentamento da pandemia da Covid-19. Dessa vez, foram contemplados os municípios que compõem a Macrorregião do Sertão Central. A iniciativa, que conta com o amplo apoio da Aprece, contou com a participação do presidente da entidade, Nilson Diniz; bem como do secretário de Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto).
Durante a reunião, a Secretária Executiva da Vigilância e Regulação a da Sesa, Magda Almeida, apresentou os números e a situação do novo coronavírus no Sertão Central. Em seguida, os prefeitos e prefeitas presentes puderam apresentar suas principais demandas e solicitações para o Governo do Estado.
Vários dos gestores presentes manifestaram preocupação com a flexibilização do isolamento no Estado, notadamente em Fortaleza, por conta do risco de aumentar a circulação da doença no interior, que já vem apresentando considerável aumento no número de casos. Camilo Santana reafirmou a importância do isolamento social para o controle do novo coronavírus e fez questão de explicar aos prefeitos presentes que o plano de flexibilização que começará a ser implantado no Estado, a partir da próxima semana, foi pensado de forma planejada e será executado com cautela e responsabilidade.
“Na primeira semana faremos um período de transição, com a abertura de alguns setores da indústria e de pouquíssimos do comércio, apenas da construção civil, área da saúde e higiene pessoal [salões de beleza]. Cada etapa do plano será iniciada, com decretos diferenciados e com especificidades regionais, a depender dos dados sanitários e baseado nas orientações técnicas da área da saúde”, garantiu o governador, afirmando que, após a transição, será avaliada a possibilidade de ampliar a flexibilização, com controle, testagem e implantação de procedimentos de segurança e controle.
As dificuldades enfrentadas pelos municípios de menor porte, no que diz respeito à estrutura hospitalar com leitos de UTIs e respiradores, foram levantadas por alguns gestores, que também manifestaram preocupação com o acompanhamento de pacientes de hemodiálise, que tem apresentado grande taxa de letalidade pela Covid-19 na região. Problemas com a demora no resultado dos exames e dificuldades com a regulação de leitos e atuação do SAMU também foram enumerados. Os gestores também solicitaram maior apoio policial nas barreiras sanitárias municipais e pediram que o Estado publicasse seus decretos sobre a Covid-19 com um pouco mais de antecedência, de modo que as gestões municipais tenham tempo hábil para elaborar seus decretos, seguindo as recomendações e/ou ampliando as medidas de combate à pandemia em nível local.
De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Cabeto, o Estado, no processo de regionalização da Saúde, está estudando formas de fazer a expansão de leitos, estruturando mais a rede de atendimento para dirimir os problemas vividos especialmente pelos pequenos municípios. Ele assumiu o compromisso de discutir com maior profundidade as ações nesse sentido, citando que, além da estruturação dos grandes centros de atendimento, os hospitais de pequeno porte deverão ser contemplados com salas de estabilização e treinamento.
Foi informado que o Governo do Estado está tentando fazer uma compra maior de medicamentos para o protocolo de tratamento da doença em fase inicial e que a coordenação do SAMU, hoje centralizada, deverá ser em breve regionalizada, de modo a melhorar e ampliar a atuação.
Próximo encontro
A Macrorregião do Litoral Leste/Jaguaribe, composta por 20 municípios, será a próxima contemplada com videoconferência similar do governador Camilo Santana. O encontro acontecerá neste sábado (30), Mais uma vez, a mobilização será feita pela Aprece.
Por Coordenação de Comunicação e Marketing (COMAK/Aprece)