
O Festival Regional SESI de Educação abriu sua quarta edição com a energia vibrante de centenas de estudantes que transformaram o SESI Parangaba, em Fortaleza, em um grande laboratório de criatividade. A cerimônia marcou o início das disputas do Torneio de Robótica educacional, uma das atrações mais aguardadas do calendário acadêmico do SESI, reunindo alunos, professores e visitantes curiosos para acompanhar os primeiros movimentos das equipes nas arenas de competição.
A edição deste ano recebe 59 equipes do Ceará, Sergipe e Mato Grosso, reunindo mais de 700 estudantes da rede SESI Ceará e de escolas públicas de distintos municípios. Participam alunos de Fortaleza, Sobral, Forquilha, Aquiraz, São Gonçalo do Amarante, Cascavel, Horizonte, Acopiara, Brejo Santo, Barbalha e Maracanaú, compondo um mosaico de talentos que evidenciou a expansão da robótica educacional em diferentes regiões do estado.
A solenidade de abertura, realizada na noite desta sexta-feira (21/11), marcou momentos de valorização ao trabalho das equipes e de reconhecimento ao esforço coletivo. Através de um recado em vídeo, o Superintendente do SESI Ceará e Diretor Regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda, destacou o estímulo à criação de projetos com relevância social e tecnológica. “Os desafios desta temporada despertam um olhar atento para soluções que interessam ao nosso estado e ao nosso país. Quero agradecer a todos os professores, técnicos, gestores e equipe educacional, representados pela nossa gerente Ana Paula Pinho. E registro também nossa gratidão à ArcelorMittal, que acredita na educação e fortalece este festival com um apoio inspirador”.
Temporada inspirada na arqueologia

Os participantes entraram no espaço de competição imersos no tema da temporada 2025–2026, Inspired by Archaeology. As equipes foram desafiadas a investigar o passado como ponto de partida para soluções tecnológicas, explorando narrativas, artefatos e camadas de solo por meio das categorias FLLC (FIRST LEGO League Challenge) e FTC (FIRST Tech Challenge).
A gerente da Unidade de Educação e Cultura do SESI Ceará, Ana Paula Pinho, descreveu o festival como um espaço construído em parceria, dedicação e entusiasmo. “Quero agradecer a todos os professores, técnicos, voluntários e juízes que estão conosco nesta edição. Muito além dos resultados finais, o mais valioso é o processo. Cada dia de estudo, pesquisa, construção de robô, definição de estratégias e organização das equipes transforma vocês como estudantes e cidadãos. A coragem de vocês em competir, apresentar projetos e compartilhar conhecimento já é motivo de celebração”, afirmou.
Paulo Botafogo, Diretor Escolar do SESI Ceará, ressaltou o caráter formativo e inspirador da competição. “Serão dias de muito aprendizado, entusiasmo e superação. A robótica educacional desperta curiosidade, fortalece o protagonismo juvenil e conecta nossos estudantes a desafios que dialogam com sociedade, meio ambiente e desenvolvimento econômico”.
Expectativas entre estudantes e professores

Integrante da equipe All Might, o competidor João Miguel Nobre comentou o preparo intenso para a temporada. “Toda a equipe mergulhou na preparação e aprendemos bastante ao longo desse período. Nosso robô foi desenvolvido para coletar artefatos no chão e lançá-los em alvos elevados. Além disso, mantemos projetos de impacto social como o Formando Heróis, que já alcançou mais de cinco mil pessoas, e iniciativas de mentoria que já atenderam mais de trezentos jovens pelo país. Queremos mostrar esse trabalho e conquistar nossa vaga na etapa nacional”, afirmou.
Entre os novatos, o clima também era de animação. Israeline de Souza, da equipe Alphabot Cariri, descreveu que o desejo de viver o torneio com leveza. “É a minha primeira vez participando e o clima está muito bom. Mesmo que a gente não ganhe, viemos com a ideia de aproveitar e aprender, porque o torneio é muito mais do que vencer. Nosso projeto explora o uso de forças aplicadas na manipulação de artefatos arqueológicos. Estamos desenvolvendo uma luva portátil para medir e controlar a força empregada ao manusear objetos delicados. A ideia é evitar danos e compreender melhor esse tipo de interação. Estamos animados com o resultado”.
O professor de robótica da Alphabot Cariri, João Alves, reforçou o olhar pedagógico do evento. “A convivência tem sido muito boa. Nos conhecemos há pouco tempo, cerca de dois meses, mas o aprendizado foi intenso. Eles chegaram um pouco tímidos, mas rapidamente se integraram, fizeram amizades e mergulharam nas missões. Houve ansiedade, claro, mas tudo caminhou dentro do possível. Estamos aqui para dar o nosso melhor e aproveitar cada momento desse grande evento.”
Disputas por vagas na etapa nacional


Ao longo do festival, as equipes se dedicam às etapas avaliativas que definem as vagas para o torneio nacional, previsto para março de 2026, em São Paulo. O desempenho dos estudantes refletiu meses de preparação, pesquisa e desenvolvimento de projetos, sempre guiados pelo conceito FIRST AGE, que conduz a nova temporada da robótica educacional no SESI.
Fórum destaca inclusão e tecnologia
Pela manhã, o SESI Ceará promoveu o 1º Fórum de Educação Inclusiva, na Escola SESI Parangaba, dentro da programação do Festival Regional SESI de Educação. O encontro reuniu profissionais da Rede SESI e de instituições parceiras para discutir práticas pedagógicas, acessibilidade e o papel da tecnologia no aprendizado.
O fórum também dialogou com a primeira Feira de Iniciação Científica do festival e trouxe debates sobre como a robótica educacional tem ampliado as oportunidades de participação para estudantes neurodivergentes em projetos e competições.

