O deputado Fernando Santana (PT) relatou, no primeiro expediente da sessão plenária na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (30/11), a visita de representantes da Enel.
O parlamentar relatou que, no encontro com a presidente da Enel no Ceará, Márcia Sandra Roque Vieira Silva, e Osvaldo Ferrer, diretor Institucional Estadual da empresa, foi proposto um plano de expansão no Estado. Fernando Santana adiantou que a Enel será convocada a prestar esclarecimentos à população do Ceará. “Se ela se negar, a visita será coercitiva. A Enel que não venha com conversa fiada. Ou ela muda ou se muda do Ceará”, frisou.
A após a conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Assembleia Legislativa, segundo salientou o deputado, o colegiado vai apresentar relatório duro à Justiça e demais instituições competentes, para pedir punição da empresa. “A Enel tem que pedir desculpas, pedir perdão ao povo cearense pelo tamanho desrespeito, por ter feito o povo sofrer por mais de 20 anos e ainda ser considerada a pior empresa que já passou pelo Ceará”, cobrou.
O deputado assinalou que em São Paulo a Enel também é investigada pela má prestação de serviços e que a empresa nunca recebeu os gestores públicos paulistas e cearenses para compreender os problemas sofridos pela população e o poder público. “Ela só quer o lucro. Levar o dinheiro do povo do Ceará. Essa Casa não aceita mais. A CPI não aceitará o desrespeito dessa empresa.
Em aparte, o deputado Cláudio Pinho (PDT) relatou que um empresário do ramo de alimentos não teve atendido seu pedido de ligação de energia. Segundo ele, o empreendimento funciona com gerador há mais de um ano. O parlamentar ressaltou ainda que gestores públicos municipais demoram a inaugurar obras por falta de ligação de energia. “A sociedade está à espera de um resultado porque não pode continuar da forma em que está”, assinalou.
O deputado Guilherme Bismarck (PDT) contou que um empresário teve recusada ligação de energia de seu empreendimento, um ecopark. Ele acrescentou ainda que o Estado deve assumir a prestação de energia elétrica. “O Ceará é um exemplo de gestão para o Brasil em termos de gestão pública”, pontuou.
