O governador Elmano de Freitas abriu a 69ª edição da Expoece destacando um salto de mais de 300% no número de expositores e empresas participantes, reforçando a feira como “a vitrine do Ceará” para o agronegócio e a agricultura familiar. Em tom de celebração à identidade sertaneja, ele parabenizou agricultores e a organização do evento — com menção a Braga, da Associação dos Criadores — e vinculou o crescimento do setor à geração de renda e trabalho.

Entre os anúncios, Elmano confirmou a retomada da cotonicultura no estado com a aquisição e distribuição de sementes de algodão desenvolvidas por centros de pesquisa como a Embrapa, em articulação com a SDE comandada por Domingos Filho. A medida busca acelerar o retorno do binômio boi-algodão, fortalecendo cadeias produtivas e ampliando oportunidades para pequenos e médios produtores.

O governador também ressaltou a integração logística da Transnordestina, construída em parceria com o governo federal, como vetor para baratear insumos estratégicos — milho e soja — fundamentais às cadeias de aves, leite e suínos. Com custo menor de ração, a expectativa é aumentar a competitividade e estimular novos investimentos no interior.

Outro ponto celebrado foi a certificação de mais cinco empresas cearenses para vender em todo o país produtos como frangos e peixes. A habilitação amplia o raio comercial para Norte e Nordeste e tem impacto imediato no emprego: a projeção é de cerca de 1.500 novas vagas nessas companhias, com perspectiva de entrada de outras indústrias atraídas pelo ambiente logístico, pela infraestrutura e pela parceria com o poder público.

Para Elmano, o conjunto de ações — sementes de algodão, logística ferroviária, certificações e ambiente de negócios — forma um círculo virtuoso que conecta tradição e tecnologia, potencializando a agricultura familiar e o agronegócio. “Aqui está a nossa identidade”, resumiu, ao sublinhar que o Ceará nasceu do trabalho no sertão e hoje projeta essa força para novos mercados com mais renda e inclusão produtiva.