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Endividamento em Fortaleza cresce 20 pontos percentuais em um ano
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De acordo com a Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada em maio de 2020, 74,7% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O valor é 20 pontos percentuais maior se comparado ao mesmo mês de 2019. Em comparação ao mês passado, o índice veio menor. Em abril deste ano, o endividamento em Fortaleza chegou a 83,1%. A pesquisa é realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Fecomércio-Ce.

 

A proporção de consumidores com contas ou dívidas em atraso cresceu 1,8 pontos percentuais no mês de maio em relação ao mês de abril (25,3%) chegando a 27,1%. No trimestre de março, abril e maio deste ano, mostrou uma ascendência dos consumidores com dívida em atraso contribuindo para uma média trimestral 24,1%.

 

De acordo com o levantamento, o perfil do endividado é maior entre o sexo feminino, na faixa etária de 25 a 34 anos, com grau de escolaridade fundamental, e com renda menor que cinco salários mínimos. Uma das causas principais quanto às dívidas em atraso é o adiamento dos pagamentos, tendo em vista a transferência desse valor para outras finalidades, conforme 62,5% dos entrevistados.

 

Esse fato contribui para um desequilíbrio financeiro nas contas pessoais, que tem como causa principal a falta de planejamento orçamentário, resposta de 45,6% dos consumidores, os quais alegaram que não fizeram orçamento e controle dos rendimentos e gastos, ou se fizeram, foi de modo ineficaz; seguido da redução dos rendimentos (25,5%); gastos imprevistos, por motivo de doenças, morte, acidentes, dentre outros (22,6%), desemprego (20,4%), dentre outros.

 

Comprometimento da renda

 

O comprometimento da renda familiar para pagamento das dívidas em maio foi de 40,2%, um aumento de 4,0 pontos percentuais em relação ao mês de abril. Em relação ao mês de maio do ano anterior, o valor também foi maior 4,7%. De acordo com a pesquisa, o tempo médio em que uma família compromete a renda familiar para pagamento de dívidas será de 3 meses e 1 ano, conforme 39,9% dos consumidores.

 

Inadimplência

 

Quanto à inadimplência, ou seja, a proporção de consumidores que não terão condições financeiras para honrar seus compromissos, chegou a 14,6% neste mês, ficando com uma taxa acima do mesmo mês em 2019, que foi de 8,5%. A concentração dos consumidores inadimplentes encontra-se na faixa de renda familiar de entre cinco a dez salários mínimos, predomínio do sexo masculino, com faixa etária acima de 35 anos, nível de educação fundamental.

 

Os bens e serviços comprados a prazo domina o segmento de alimentação, resposta de 57,1% dos consumidores; seguido de tratamento de saúde (29,6%). A forma mais utilizada para compra a prazo foi o cartão de crédito (81,9%). Quanto aos tipos de despesas que mais pesaram as dívidas dos consumidores são os gastos essenciais, como: alimentação (48,7%); educação (15,0%); aluguel residencial (13,7%) e tratamento de saúde (12,9%).

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