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Elano Martins Guilherme: Os desafios da moda no Ceará pós-pandemia
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Em um momento mundial em que a prioridade é a aquisição de itens de alimentação, higiene e saúde, fazer parte da indústria da moda constitui grande desafio.

A indústria de confecção já sofre duras consequências da crise que já se desenha e, por isso, já acendeu a luz vermelha, nossos associados registraram um faturamento entre 10% e 20% nos últimos 60 dias. Nosso setor já vem sofrendo nos últimos anos uma queda considerável no PIB do Estado, temos uma queda acumulada de 6,8% nos últimos cinco anos. Até o início da pandemia éramos responsáveis por quase 60.000 postos de trabalhos diretos, atrás apenas da construção civil. Estimamos que teremos uma redução de ao menos 18.000 empregos formais em todo o nosso setor.

Sem uma certeza em relação ao final da pandemia é difícil estabelecer um prazo para que a economia volte a girar – especialmente em um país, como o nosso, em que a economia já estava frágil antes dessa crise. Para conseguirmos uma retomada é necessário que o Governo Federal continue com programas emergenciais, bem como fazer as linhas de crédito chegarem às empresas que não estão conseguindo acessar o crédito tão mostrado na mídia. Necessitamos ainda de um maior esforço por parte do Governo Estadual, é necessário a revisão urgente na nossa tributação, para conseguirmos ser competitivos perante outros estados do Nordeste que possuem maiores incentivos e parcerias com o Governo Estadual.

A nossa indústria de confecção mesmo com um cenário tão desfavorável está de forma heroica buscando ser resiliente e ajudar a nossa gente. Estamos com mais de 40 fábricas produzindo diariamente EPI para a população, o Sindconfecções organizou a doação de mais de 3.000 lençóis para instituições de saúde que estavam necessitando, bem como doamos máscaras à Polícia Militar e máscaras para os agentes de saúde. É um momento difícil, mas estamos confiantes da retomada se os governos tiverem um alinhamento e reconhecimento para entender que o novo coronavírus trouxe muitos desafios ao mundo, mas é possível enfrentar essa crise. E a indústria de confecção – setor estratégico que gera milhares de empregos e impacta outros segmentos, fazendo girar a economia – terá papel essencial na retomada econômica brasileira.

 

Fonte: O povo

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