Em coletiva de imprensa virtual, o secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, afirmou que a pasta mantém atenções severas voltadas para a região Norte do Estado. “É possível que esgote a rede? É, é possível que a gente não tenha a capacidade de responder”. Para conter um possível colapso na estrutura hospitalar da região, o titular da pasta expôs um plano que contará com a retaguarda dos hospitais de Fortaleza e de cidades vizinhas, que apresentem redução nos números de casos de COVID-19.
“Para isso, nós estamos fazendo um plano de retaguarda, com regiões vizinhas, que estão em redução. Este foi o principal motivo de isolarmos a região de Fortaleza no decreto anterior para que estes picos da pandemia não acontecessem ao mesmo tempo. Então, se isso acontecer, nós temos aqui a retaguarda dos hospitais de Fortaleza e dos hospitais ligados à Itapipoca e daí por diante”, explica Dr. Cabeto.
Assim como no restante do Estado, a estrutura hospitalar da região Norte também foi ampliada. “Hoje, nós temos 10 leitos de UTI em Tianguá, que não dispúnhamos anteriormente; 15 leitos na região de Crateús, que fica mais ao sul; estamos finalizando o hospital de campanha ligado ao Hospital Regional Norte, que vai ampliar 40 leitos; e foram disponibilizados mais de 300 leitos para atendimento de Covid, especificamente, próximo de 100 leitos de UTI para Covid”, detalhou Dr. Cabeto. De acordo com o secretário, grande parte deste aumento de leitos, faz parte de um pacote de ampliações permanentes, que já estavam previstas na plataforma de modernização da saúde, apresentada à imprensa em setembro. “Ou seja, houve uma implantação mais rápida para que a gente desse suporte [ao combate à pandemia do coronavírus no Ceará]”.
O secretário explicou ainda que a prefeitura de Sobral fez uma ampliação de leitos do Hospital Doutor Estevam para a internação de pacientes de menor complexidade. “Isso dá à rede muito mais robustez”, ressalta Cabeto.
A região Norte tem apresentado um aumento de casos em grandes municípios como Acaraú, Massapê, Sobral, Camocim e áreas vizinhas. Dr. Cabeto alerta: “hoje é o foco mais importante do Ceará. E todas as atenções mais severas estão voltadas para lá. Tanto é que o decreto define lockdown para estes municípios, para que a gente tenha garantia de que a rede pode dar conta”. Ele também afirmou que a região de Fortaleza registra maior procura pela transferência de casos que estão aumentando no interior. “Isso está acontecendo no Hospital Geral, no Hospital de Messejana, no Hospital Leonardo Da Vinci e também no IJF. No entanto, se olharmos a evolução da redução da taxa de ocupação de UTI nos últimos 14 dias ela é bem evidente, assim como é do número de óbitos”.
O Secretário também apresentou uma panorama das demais regiões do Ceará. “Na região do Sertão Central nós temos uma ocupação alta de leitos, porque ela está colaborando com outras regiões. Temos lá só Quixeramobim como foco separado. A região Leste menor [ocupação] e na região Sul, onde está o Cariri, que são 45 municípios, temos uma ocupação baixa de UTIs e enfermarias. Porém, nos últimos dias tivemos um pouco de aumento na região do Crajubar”.
Fonte: Focus.Jor