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Deputado Almir Bié cobra mudanças no Seguro Safra e critica metodologia do IBGE
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Em entrevista ao Programa do Rubão, o deputado estadual Almir Bié voltou a defender os agricultores cearenses e fez duras críticas à metodologia aplicada pelo IBGE na avaliação do Seguro Safra. Reconhecido como representante do campo, Bié afirmou que os produtores rurais do Ceará estão sendo prejudicados pelo atual modelo de análise, que desconsidera laudos técnicos locais.

Segundo o parlamentar, enquanto órgãos como a Ematerce e a Funceme atestam a perda de safra em municípios atingidos pela seca, o IBGE, com base em sua própria metodologia, tem indicado o contrário, impedindo que milhares de agricultores recebam o benefício.

“O IBGE está usando uma metodologia totalmente irresponsável com o homem do campo. Se em um hectare de milho, por exemplo, foram colhidos mais de 100 quilos, eles já consideram que não houve perda, mesmo quando os técnicos da Ematerce constataram a seca. Isso é injusto e precisa ser revisto”, destacou Almir Bié.

O deputado reforçou que o Seguro Safra é uma ferramenta essencial de proteção para o agricultor, uma vez que o programa é custeado pelo próprio produtor, pelas prefeituras, pelo governo do Estado e pela União. Ele comparou o sistema a um seguro de automóvel:

“Se eu pago o seguro do carro e sofro um acidente, um perito vai lá, comprova o estrago e o seguro paga. Com o agricultor não está sendo assim. Mesmo com o laudo técnico em mãos, prevalece a palavra do IBGE, e isso não pode continuar”, disse.

Bié lembrou que o valor pago aos agricultores – cerca de R$ 1.200,00 – pode parecer pequeno, mas tem grande impacto na vida das famílias do interior, garantindo a compra de alimentos básicos. Municípios como Itatira, Canindé, Paramoti e Caridade já enfrentaram dificuldades recentes para acessar o benefício.

Defendendo sua origem no campo, o parlamentar reforçou que continuará cobrando mudanças junto ao governo federal para que a metodologia seja justa e reflita a realidade das perdas.

“Se o agricultor não produzir, a cidade não merenda, não almoça e não janta. Por isso, é nosso dever defender essa bandeira e garantir segurança para o homem do campo”, concluiu.

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