
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, entregou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (2). A decisão ocorre em meio ao escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com prejuízos estimados em R$ 6,5 bilhões entre 2019 e 2024, segundo investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União.
Na carta de renúncia, Lupi agradeceu pela confiança e destacou que seu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações. “Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, escreveu.
Ele ainda pediu que as investigações sigam seu curso natural e que os responsáveis sejam punidos com rigor. “Espero que as investigações identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, completou.
Lupi garantiu que continuará colaborando com o governo para assegurar que os recursos desviados sejam devolvidos integralmente aos beneficiários.

Para seu lugar, o presidente Lula nomeou o ex-deputado federal Wolney Queiroz Maciel, então secretário-executivo do Ministério da Previdência. Natural de Caruaru (PE), filiado ao PDT desde 1992 e com seis mandatos na Câmara Federal, Queiroz assume a pasta com o desafio de restaurar a credibilidade da gestão previdenciária e implementar medidas corretivas.
A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira (2).