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Audiência coloca em pauta necessidade de recursos para manutenção de bibliotecas comunitárias
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A Câmara Municipal realizou na manhã desta segunda-feira, 22, audiência pública que colocou em pauta a necessidade de recursos para a manutenção de bibliotecas comunitárias por iniciativa popular de Fortaleza. O debate foi proposto pela mandata Coletiva Nossa Cara, através da vereadora Adriana (PSOL) e atendeu solicitação do Movimento Biblioteca Urgente.

O Movimento tem buscado junto aos parlamentares e ao Poder Executivo a garantia de recursos para 12 bibliotecas de iniciativa popular. São elas: Adianto, na Barra do Ceará; Okupação, no Antônio Bezerra; Viva, no Barroso; Livro Livre, no Curió; Filó, no Conjunto Santa Filomena; Bate Palmas, no Conjunto Palmeiras; Papoco de Ideias, no Pici; Quintal Cultural, no Bom Jardim; Espaço de Leitura GDFAM, no Planalto Pici; Viva a Palavra, na Serrinha; Casa Futuro, no Coaçu; e Periferia Que Lê, na Granja Lisboa.

De acordo com a vereadora Adriana, as bibliotecas precisam de um orçamento anual de cerca de R$ 750 mil para garantir manutenção das atividades em 2022. A ideia inicial, conforme a parlamentar era que fosse incluso no Plano Plurianual de Fortaleza (PPA).

“A LOA ainda está em aberto e daqui a pouco vamos iniciar o processo de apresentação de emendas, por isso é importante tentarmos mais uma vez a garantia de recursos para as bibliotecas comunitárias. O valor é muito pequeno diante do tamanho de intervenções que os movimentos fazem em cada território da cidade. Por isso vamos buscar o compromisso dos parlamentares para a elaboração de uma emenda coletiva”, afirmou.

As co-vereadoras Louise Santana (PSOL) e Lyla M. Salu (PSOL) destacaram a importância do trabalho que é desenvolvido pelas bibliotecas comunitárias dentro das periferias, dando espaço de aprendizado aos jovens, incentivando a educação, arte, cultura e possibilitando outros caminhos no futuro.

“Quem caminha na trilha do rap sabe o quanto é uma luta importante a questão da leitura e da escrita e isso perpassa o contar da nossa história. então nada mais justo que crianças da periferia tenham acesso à leitura, e que isso chegue perto da sua realidade”, ressaltou Lyla.

O vereador Gabriel Aguiar (PSOL) também destacou a contribuição desses espaços e a diferença que eles fazem na vida das crianças e jovens da periferia da cidade. “São espaços vivos, de construção, com música, debate, cultura, arte e que são tocados sem investimento do Poder Público. Então essa audiência vem em um momento muito oportuno”, afirmou o parlamentar.

Os vereadores Professor Enilson (Cidadania), Ronivaldo Maia (PT) e Enfermeira Ana Paula (PDT), também participaram do debate e colocaram os mandatos à disposição para contribuir com a destinação de recursos para as bibliotecas através de emendas. Enilson e Ronivaldo apontaram o papel dos equipamentos no fortalecimento da educação dos jovens e crianças. Já Ana Paula informou que vai buscar junto à Secretaria de Cultura, o compromisso de execução orçamentária do recurso que será destinado às bibliotecas no Orçamento 2022.

A articuladora da campanha #bibliotecanazaria, Monique Sousa afirmou que o movimento já abriu o diálogo com a Secultfor, para que os recursos destinados através de emendas parlamentares possam ser realmente executados. Monique destacou que para além do incentivo a leitura, as bibliotecas são projetos que atuam na formação cidadã e que a luta do movimento é para que estes equipamentos possa continuar desenvolvendo suas atividades, com investimento e reconhecimento do Poder Público.

Para a articuladora do movimento “Biblioteca Viva a Palavra”, Claudiana Nogueira, as bibliotecas são como a alma do lugar e disputam os sonhos da juventude, pois abre um mundo de possibilidades. Hoje, professora universitária, Claudiana lembrou da sua trajetória e de como as bibliotecas foram importantes para a sua formação. “Elas são a alma do lugar e disputam os sonhos da juventude. São espaços de escuta sensível, com práticas de terapia social e aonde os jovens estão transformando a sua realidade”, destacou.

Já o articulador do movimento “Biblioteca Viva”, Rafael Rodrigues, falou sobre a mudança de vida que as bibliotecas tem feito na vida dos jovens, citando como exemplo o caso de um adolescente de 15 anos, que hoje anseia passar no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e que tirou 3º lugar em uma disputa de xadrez em torneio realizado na comunidade.

O analista de orçamento da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Diogo Matos informou que enquanto técnico vai dar todo apoio aos vereadores para que possam viabilizar o recurso necessário para as bibliotecas no Orçamento 2022.

Como encaminhamento, a vereadora Adriana Nossa Cara (PSOL) informou que irá articular visitas conjuntas dos parlamentares com a Secultfor, Secretaria de Educação e Coordenadoria da Juventude para que os gestores possam conhecer as atividades e o trabalho realizado pelas bibliotecas comunitárias. Ficou acordado também a articulação com os pares para a elaboração de emenda coletiva a fim de garantir recursos para as bibliotecas e a abertura de diálogo com o secretário Elpídio Nogueira para que assuma o compromisso de executar a emenda.

A parlamentar ainda disse que será criado um grupo de trabalho para ajudar nos trâmites formais e mediação junto ao Executivo e por fim a realização de convênio com a Prefeitura e as 12 bibliotecas comunitárias.

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